O metaverso é real! Ou melhor, digital. Ainda estamos aprendendo a lidar com ele, mas posso dizer que, assim como utilizamos apenas 10% do nosso cérebro, ainda não sabemos nem fração das possibilidades que o ambiente virtual pode nos dar.

Mas estamos prestes a descobrir! E, principalmente, como lucrar com o metaverso.

A verdade é que todo esse conceito que surgiu pela primeira vez em 1992 no livro de ficção Snow Crash vem avançando a passos largos, principalmente nas interações do mundo dos games. Mas como aprendemos a encontrar novas formas de uso a tudo que vem impactando a sociedade, algumas empresas já têm encontrado formas de colocar o seu negócio dentro do metaverso também.

Tudo ficou ainda mais sério quando Mark Zuckerberg passou a investir US$ 10 bi no metaverso só esse ano, inclusive mudando o nome do grupo Facebook para Meta, em referência direta ao novo passo que está levando os seus negócios.

Bom, o que a gente sabe é que o Mark não entra em nada para perder. Agora, qual é a mina de ouro que ele está prestes a encontrar no final desse arco-íris digital? Ou melhor, como essa realidade vai influenciar aí, no seu negócio? É o que vamos discutir hoje.

Muito se tem discutido sobre o que, afinal, é esse lugar. Na verdade, sinceramente, até o Sr. Mark, a Microsoft, Roblox ainda estão mapeando esse terreno enquanto ele ainda é construído – parte dessa complicação é justamente porque, aparentemente, se pode “tudo” no metaverso.

Imagine sua vida totalmente inserida no mundo digital. Estou falando de conversar com pessoas, trabalhar em uma sala que fica em um coworking digital, ir a um show, comprar roupas para ir a esses lugares… Tudo feito sem sair de casa através do metaverso.

Hoje a ideia é que você seja um avatar e, dentro deste universo, consiga realizar qualquer tarefa – seja da sua rotina ou em simulações da realidade.

Quer um exemplo? Recentemente o jogo Fortnite fez um show virtual gamificado da Ariana Grande dentro do jogo! Sim, ela também era um avatar, e todo mundo que estava no evento pagou por ele, comprou roupas, mascotes… Foi como sair de casa para assistir a ela cantar! Imagino que a empresa faturou mais até que um produtor de eventos, pensando que o público era o mundo todo e não apenas um estádio.

O que tem ocorrido, por enquanto, é o chamado “metaverso individual” como esse do exemplo do Fortnite ou o que o Mark está pensando em criar. Mas ainda não se sabe como ele vai unificar isso com a lojinha do Instagram ou como esses dois universos e tantos outros que irão surgir (que são de empresas diferentes) e tampouco como fica a LGPD e outras normas de proteção de dados em relação a isso.

Mas estamos caminhando! Quer ver?

COMO AS EMPRESAS TÊM UTILIZADO O METAVERSO?

Depois de tantas viagens cibernéticas, chegou a hora de colocar os pés no chão e ver como empresas como a sua, que tem ou quer abrir uma loja virtual estão trabalhando o metaverso. Ou o mais próximo que podemos chegar desse ideal imaginado.

Claro que ainda assim estamos falando de grandes empresas que faturam milhões e têm acesso a essas tecnologias ligadas a este universo. Mas ainda assim é mais palpável. Olha só:

A moda está a um pé do metaverso

Já faz um tempo que estamos discutindo se o e-commerce brasileiro está preparado para a realidade aumentada e até temos alguns cases bem bacanas, como é o caso do app da Mobly que permite você “testar” o seu móvel na sua casa. Mas ao que me parece, o segmento de moda é onde o metaverso vai chegar primeiro – e te digo o porquê.

É indiscutível como as mídias sociais influenciam um e-commerce. Mais ainda quando falamos de vestuário porque todo mundo que aparece é lindo na foto – e sem peça repetida! Para se ter uma ideia, tem até gente que compra roupas apenas para foto no Instagram e depois as devolve. Logo, por que não vender roupas apenas para as pessoas não utilizarem nas fotos?

Esse formato existe ao menos desde 2019, quando a Gucci também lançou essa plataforma para experimentar roupas no ambiente virtual. Mas no ano passado eles lançaram um tênis exclusivo para usar online!

Junto a ela vieram outras como Polo, Ralph Lauren, Balenciaga, Dolce & Gabbana e Nike. Essa última que, inclusive, já patenteou sete produtos “para utilização online e em mundos virtuais e online” um dia depois do Mark lançar o Meta – o que vem por aí, heim?

Mas nem precisamos ir muito longe. Aqui no Brasil mesmo o marketplace de roupas de luxo Shop2gether vende roupas em realidade aumentada produzidas pelo estilista carioca Lucas Leão. Um dos grandes destaques da 7ª edição do projeto Novos Designers criado pelo marketplace.

Olha só um dos modelos dele:

E aí, compraria? Independente de sim ou não, não dá para negar que essa aposta do metaverso está totalmente alinhada com o comportamento de consumo atual. A influência das mídias sociais e o ecologicamente correto, já que essas peças não gastam nada de matéria-prima.

Dá para construir a sua loja no metaverso!

Lembra quando eu disse que no metaverso você poderia caminhar e fazer as suas atividades cotidianas como se estivesse no mundo real? Pois então, essa moda já está pegando entre algumas marcas, listei algumas delas:

LACTA COM SUA LOJA EM 3D

O que acha de andar pelos corredores de uma loja cheia de chocolates, comprar os seus preferidos e ainda ganhar brindes e descontos de verdade respondendo perguntas e encontrando trufas pelos cantos?

Essa é a proposta da Loja 360º Lacta, que você pode acessar clicando aqui. Por enquanto ainda está com tema natalino, mas em breve devem mudar a decoração.

L’OREAL E RENNER CUIDANDO PARA VOCÊ ACERTAR O PRODUTO

A gente sabe que um dos maiores medos de comprar online é receber um produto que não vai ficar igualzinho quando chegar, não é? Por isso é que algumas marcas estão recorrendo ao metaverso para que o cliente crie uma realidade onde ele já esteja utilizando antes mesmo de comprar.

No caso da Renner, o projeto é uma parceria da empresa com o Snapchat. Você precisa ter o aplicativo baixado no celular e escanear os QR codes espalhados pelas lojas para experimentar os itens disponíveis.

Por outro lado, com a L’oreal a experiência é ainda mais impactante porque agora, no site da marca você pode entrar no metaverso e testar a cor de cabelo que quiser (entre as opções da marca, claro).

Basta ligar a sua câmera e a magia acontece. Sim, magia! O efeito é muito real mesmo. Muito diferente desses filtros de Instagram que já conhecemos – o que vai evitar muita dor de cabeça com arrependimentos.

O METAVERSO É PARA 2022?