As origens do dropshipping: quem inventou o estoque zero?
O dropshipping é uma técnica utilizada por grandes e pequenas empresas que vendem produtos sem estoque. Para entender melhor sobre as oportunidades e todo o processo que envolve a prática, vamos falar sobre as origens do dropshipping e quem inventou o estoque zero.
Provavelmente, você conhece o Mercado Livre. Pois bem, ele é um ótimo exemplo de empresa que comercializa produtos de outras empresas e gera muita renda, tanto para os próprios investidores quanto para comerciantes que utilizam a plataforma.
A modalidade de dropshipping no comércio eletrônico possibilita que qualquer pessoa comece um negócio em pouco tempo e com o menor custo possível. É a oportunidade perfeita para que empreendedores consigam tirar do papel aquele sonho antigo de ter um negócio próprio.
Mas de onde vem a metodologia? O dropshipping é novidade ou já existe há tempos? Hoje você vai descobrir!
O QUE SIGNIFICA DROPSHIPPING?
O termo dropshipping nasceu da combinação de 2 palavras: drop, que significa colocar, e shipping, que significa remessa.
Basicamente, funciona assim: primeiro é importante escolher um ou mais fornecedores, depois disponibilizar a venda dos produtos na internet e, assim que as vendas forem realizadas, o fornecedor que possui o produto envia diretamente para quem comprou.
Mas, e o lucro das vendas no modelo dropshipping? O lucro do vendedor está na diferença entre o custo na hora da compra do fornecedor parceiro e o preço de venda final que ele disponibilizou para os clientes.
Sem muitas complicações, todo o processo ocorre de forma integrada e oferece uma experiência de vendas positiva para fornecedor e vendedor, além de uma ótima experiência de compras para os clientes, já que o processo fica bastante ágil.
QUEM INVENTOU O DROPSHIPPING?
Muita gente acha que o dropshipping começou em 2006, com o AliExpress e outros sites importadores chineses. Não é bem por aí: mesmo que o modelo tenha ganhado popularidade nesse época, ele foi inaugurado nos anos 50, com Richard Sears e as vendas por catálogo.
As vendas por catálogo, por sinal, foram uma revolução enorme na vida de muitas pessoas. Dependentes principalmente do estoque de armazéns locais, muitas famílias não podiam sequer escolher entre duas variedades de manteiga.
Os catálogos eram enviados por correios e continham todo tipo de produto que você imaginar. Esse modelo de negócio começou com a Sears, lá no início do século XX. Basicamente, eles enviavam catálogos com modelos de relógios – inicialmente só relógios – para a casa de fazendeiros. Esses relógios custavam muito menos do que os vendidos nas cidades mais próximas e os catálogos tinham muito mais variedade. Você só precisava esperar o trem passar com a sua mercadoria.
Nos anos 50, a Sears já vendia muito mais do que relógios, seus catálogos tinham centenas de páginas para a escolha. Mas onde guardar tantos produtos? E o pior: como evitar perdas de produtos armazenados mas que não vendem?
A cauda longa e o dropshipping
Você já ouviu falar sobre a cauda longa? Ela é uma realidade na nossa vida hoje em dia, mas na época das origens do dropshipping, ninguém fazia a menor ideia que ela existia.
Richard Sears foi um dos primeiros a entender o conceito da cauda longa. Basicamente, quanto mais estoque você tiver, mais vai vender. Simples assim.
O nome “cauda longa” foi cunhado por Chris Anderson, jornalista da Wired focado em produtos digitais. O que ele percebeu com o e-commerce é que existem dois tipos de produtos: os hits, que vendem muito, e os mais específicos, que vendem menos. Chris percebeu que, mesmo vendendo pouco, os produtos específicos somados geravam tanta receita quanto os hits.
Foi isso que Richard Sears percebeu e resolveu com seus catálogos. É claro que o relógio de bronze é o produto mais vendido do estado se ele é o único nas prateleiras. Mas e se existissem 30 opções? Gente que nem pensava em comprar antes já começa a se interessar.
Os nichos e a terceirização das prateleiras
A cauda longa e o dropshipping vêm do mesmo efeito: um mercado cada vez mais nichado. Todo mundo compra os produtos hit, mas os produtos da cauda longa são comprados por nichos, pessoas que estão procurando ativamente por eles.
A ideia de montar os catálogos de produtos é para lidar justamente com isso: se mais pessoas compram quando há mais opções, vamos oferecer todas as opções possíveis. Só que há um limite físico: quantos armazéns eu preciso construir para que isso aconteça?
A resposta: muitos, mas muitos armazéns. Tantos armazéns que a empresa começa a ter prejuízo – prateleiras são tomadas por produtos que vendem poucas vezes no mês, e a venda desses produtos não cobre o “preço” que aquele lugar na prateleira tem.
O dropshipping surgiu aí. Outras empresas, oferecendo espaço, começaram a surgir. Ao invés da Sears comprar produtos direto das indústrias, ela alugava armazéns com os produtos dentro. Assim que os pedidos chegavam, a Sears os enviava para os armazéns, que embalavam, empacotavam e enviavam.
De Richard Sears a Jeff Bezos
O dropshipping foi inventado aí, com essa revolução de mercado. Mas o que aconteceu daí em diante mudou completamente o que entendemos como dropshipping de verdade.
No pós guerra, o Japão teve grande influência no mercado de produtos industrializados, principalmente pela quantidade de indústrias de armas, aviões e tanques que passaram a produzir bens de consumo.
Com essa força da indústria, os grandes supermercadistas passaram a usar o dropshipping diretamente com a indústria, em um modelo bem rudimentar inicialmente, mas que no futuro iria integrar a cadeia de suprimentos de uma forma irreversível.
E houve uma outra revolução: o surgimento dos marketplaces com a Amazon. O momento agora é diferente: os grandes, ao invés de “alugar” a indústria ou o armazenamento, “alugam” sua própria plataforma, onde os lojistas vendem seus produtos, que estão nos seus próprios estoques, e fazem o envio.
COMO COMEÇAR A VENDER COM ESTOQUE ZERO?
Já deu pra perceber que uma ideia que nasceu de um homem só ganhou proporções gigantescas no mundo globalizado. Por isso, trabalhar com estoque zero pode ser um negócio muito rentável.
Para começar uma operação com este modelo, leve em consideração 3 passos:
- Produtos que deseja vender;
- Quais serão os fornecedores de confiança;
- Qual plataforma vai utilizar para gerenciar e divulgar sua loja.
Recentemente, grandes sites do Brasil já trabalham oferecendo espaço para os vendedores, como: Magazine Luiza, Americanas, Casas Bahia, Mercado Livre e muitos outros. Antes de começar, leve em consideração ter um sistema completo para te ajudar na inserção da sua loja em grandes sites.
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